A pequena freguesia de Gondar localiza-se na orta ocidental deste concelho vimaranense, confrontado por aquele flanco com o município vizinho de Famalicão. As congéneres Ronfe, S. Jorge, S. Cristovão de Selho e Serzedelo completam as restantes delimitações do seu território paroquial, respectivamente pelas bandas do noroeste, norte, nascente e sul.
Cerca de nove quilómetros separam Gondar da capital concelhia, constituindo-se como principal ligação rodoviária as EN 206 e 310, através da Vila de Pevidém. Detendo uma área bastante reduzida, o território freguesia de Gondar surge implantado em plena bacia orográfica do rio Ave, entre este curso de água é o seu pequeno tributário na margem esquerda o Selho, que ali mesmo conflui.
Trata-se de uma área amena topografia e excelentes solos agrículas(embora a ocupação económica predominante seja a industrial, ligada em especial ao sector têxtil e das confecções). Acusando um elevado índice demográfico. Gondar registara actualmente uns 2800 residentes(2613 em 1991 contra apenas 1300 pelos meados do século). Os seus principais lugares tomam os nomes de Boavista, Conca, Devesa, Emboladoura, Gouceiro, Igreja, Novais, Ponte de Serves, Souto da Ponte, Sumes e Tojal.
Não havendo registo, tanto quanto saibamos, de estações ou achados arqueológicos comprovativos de ocupações pré ou proto-históricas, será no entanto de ter em conta a proximidade de supostos povoados castrejos nas vizinhas freguesias de Ronfe, S. Jorge de Selho(Monte da Senhora ou da Santa) e Serzedelo(Penedo da Senhora). A acreditar em Joseph Piei, o topônimo e actual designação paroquial Gondar terá origem alti-medieval, radicando etimologicamente em um nome pessoal germânico.
Um documento de 1058 alude já ao lugar de Sumes("Sumimos em Selio") enquanto em outro, respeitante ao ano seguinte, se refere a "villa Pausada"(Pousada parece corresponder a outro lugar da freguesia). Sobre o Rio Ave cuja margem esquerda integra aqui esta freguesia de Gondar, ergue-se a denominada Ponte de Serves, estrutura pêtrea de cantaria, com quatro arcos de volta perfeita, talhamares e tabuleiro plano.
O imóvel, que deu nome ao lugar corresponderá actualmente a uma fábrica algo tardia, possivelmente já dos finais da Idade Média ou mesmo de inícios da Moderna, tendo sido classificado "Monumento Nacional" em 1938. Uma outra interessante estrutura ao gosto românico é a ponte do Soeiro, de mais modestas dimensões e possivelmente, um pouco mais antiga. Com o seu arco único preservou, se calhar, na respectiva designação, o nome do seu promotor.
A freguesia conserva a sua Igreja Velha, edifício de razoáveis dimensões e singela traça, erguida a escassa distância da actual Matriz. Esta Igreja Nova de S. João Baptista de Gondar é um muito amplo e moderno templo, de harmoniosa e interessante volumetria, de cuja complexa massa emerge uma altiva torre sineira hexagonal de pontiagudo telhado. Com uma agradável traça arquitectónica, o imóvel apresenta numerosas aberturas envidraçadas com coloridos vitrais.
A meio caminho entre o antigo e o novo templo, levanta-se por sua vez o granítico Cruzeiro Paroquial, por certo mais que centenário.(Guimarães, nas Raízes da Identidade).